sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ouriço do Mar

Echinoidea


(Redirecionado de Ouriço do mar)
Como ler uma caixa taxonómicaEchinoidea
ouriços-do-mar, bolchas-do-mar
Ocorrência: Ordoviciano - Recente
Strongylocentrotus franciscanus.

Strongylocentrotus franciscanus.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Echinodermata
Subfilo: Eleutherozoa
Superclasse: Cryptosyringida
Classe: Echinoidea
Leske, 1778
Subclasses

Um ouriço-do-mar.

Testa de um ouriço-do-mar.

Psammechinus miliaris (carapaça sem espinhos).

Detalhe em que se observam os pés ambulacrários entre os espinhos.

Gónadas (alaranjadas) comestíveis de um ouriço-do-mar.
Echinoidea Leske, 1778 (do grego: ἐχῖνος echinos = ouriço) é uma classe de organismos pertencentes ao filo Echinodermata que agrupa invertebrados marinhos dióicos de corpo globoso ou disciforme, geralmente espinhosos, com 3-10 cm de diâmetro, revestidos por um tegumento coriáceo. A coloração mais comum é o negro, mas são frequentes tons relativamente discretos de verde, castanho, púrpura, azul e vermelho. São animais que se movem lentamente, recorrendo a pés ambulacrários retractéis, alimentando-se maioritariamente de detritos, de algas e de uma grande variedade de pequenos invertebrados (entre os quais amêijoas, poliquetas, esponjas e crinóides). O taxon tem distribuição cosmopolita nos mares, entre a zona entremarés e, pelo menos, os 5 000 m de profundidade. Está dividido em 12 ordens que incluem cerca de 950 espécies extantes, mas estima-se em mais de 13 000 as espécies extintas catalogadas no registo fóssil. Servem de alimento a um grande número de predadores e as suas ovas são consideradas um pitéu na gastronomia de algumas regiões marítimas.

Descrição geral

São animais essencialmente marinhos, excepto por algumas espécies de água salobra. Esse fato pode ser explicado pela falta de estruturas excretoras e osmorreguladoras e pela sua respiração cutânea, que impediram a dispersão desses animais em outros tipos de ambientes. São organismos deuterostómios, com celoma bem desenvolvido e simetria radial pentâmera secundária (únicos animais com este tipo de simetria).
Entre as principais características do filo está a existência de um endosqueleto calcário composto por ossículos, o sistema vascular aquífero (também conhecido como sistema ambulacrário, fundamental na biologia dos Echinodermata), e a presença depés ambulacrários associados a tecido conjuntivo mutável.
Embora a classificação dos grupos que integram o filo Echinodermata continue a ser amplamente discutida, com recurso a análises morfológicas e moleculares para desvendar a relação entre os seus membros, existe consenso que o filo Echinodermata inclui cinco classes extantes: Asteroidea, Ophiuroidea, Crinoidea, Holothuroidea e Echinoidea.
A classe Echinoidea inclui os ouriços-do-mar, as bolachas-da-praia e os ouriços cordiformes. Os membros deste agrupamento taxonómico caracterizam-se por corpo globoso ou em forma de disco (disciforme), apresentando endosqueleto calcificado rígido e espinhos (radíolos) móveis. Algumas espécies apresentam aparelho mastigador interno (a lanterna de Aristóteles), que auxilia na alimentação.
Os membros da classe Echinoidea são organismos marinhos (embora alguns possam ocupar ‘’habitats’’ de águas salobras), com distribuição natural cosmopolita, presentes em todos os mares do planeta, desde a zona entremarés até às grandes profundidades. O grupo apresenta grande diversidade, o que se reflecte num posicionamento trófico também muito diferenciado, incluindo herbívoros, detritívoros e alguns predadores.
Os equinóides são dióicos, incluindo espécies que apresentam desenvolvimento indirecto e espécies com desenvolvimento directo. A diversidade faz deles importantes modelos de estudos em biologia do desenvolvimento.

Sistema aquífero

A existência de um o sistema vascular aquífero (também conhecido como sistema ambulacrário ou sistema hidrovascular) é uma das características mais importantes dos equinóides, constituindo um aspecto importante da sua fisiologia da alimentação, respiração, circulação e excreções.
O sistema aquífero é um sistema vascular composto por grande número de canais e reservatórios preenchidos por um fluido aquoso, o qual assume um papel central no transporte interno de substâncias e como motor para a movimentação dos pés ambulacrários.
Os equinóides possuem as partes do corpo dispostas segundo um eixo oral-aboral. Um conjunto de placas está em volta da parte aboral, sendo uma dessas placas o madreporite, que é a estrutura que indica uma abertura do sistema ambulacrário para o meio externo. É importante ressaltar que os ambulacros e fileiras de pés com seus respectivos canais internos se estendem pelas laterais do animal (formando uma espécie de globo) em direcção à parte superior aboral (o animal fica orientado para o substrato com a parte oral). Um canal circular oral dá origem a cinco canais radiais, de onde partem canais laterais levando para os pés ambulacrários. As placas dos equinóides possuem orifícios por onde os pés atravessam para o exterior e exercem variadas funções, como fixação, locomoção, alimentação e até trocas gasosas.

Sistemas hemal e celómico

Responsável pela circulação de fluidos, o sistema hemal não tem função totalmente conhecida, mas provavelmente ajuda a distribuir os nutrientes absorvidos no trato digestivo e comprovou-se a sua extrema importância para o transporte de gases dissolvidos através dos tecidos internos e superfície do corpo desses animais.
O fluido circula nos canais e lacunas principalmente pela acção de cílios e, em alguns casos, por bombeamento muscular. O sistema hemal é, juntamente com o aquífero, derivado do celoma.

Complexo axial

O complexo axial dos equinodermos é composto de um órgão axial circundado pelo sinus axial. Ainda não está bem definida a função do órgão axial em equinóides, mas são sugeridas funções de excreção e degradação de produtos celulares por meio do sistema vascular aquífero. Evidências indicam que este órgão possa estar envolvido no processo de diferenciação e actividade de celomócitos fagocíticos, e ainda como o maior local de degradação de produtos celómicos

Pés ambulacrários

Os pés ambulacrários (por vezes referidos por pés ambulacrais) são estruturas versáteis que contribuem para o sucesso de todos os Equinodermata no meio ambiente.
Os ouriços movimentam- se usando os pés ambulacrários associados aos espinhos móveis, e os pés são capazes de exercer uma variedade de movimentos, com os espinhos mantendo o corpo afastado do substrato. Dessa forma, são capazes também de cavar eficientemente a superfície arenosa, fabricando uma espécie de abrigo. Através deste mecanismos, as bolachas-da-praia conseguem enterrar-se parcial ou completamente em sedimentos moles.

Sistema nervoso

Possuem um sistema nervoso descentralizado e sem gânglio cerebral, com três redes neurais integradas entre si: ectoneural (oral) com funções sensoriais, hiponeural (oral profunda) com funções motoras e entoneural (aboral) relacionada com funções sensoriais e motoras. Nervos radiais partindo de um anel nervoso circum-oral se estendem ao longo de cada ambulacro.
Neurónios sensoriais localizados na epiderme respondem ao toque, a substâncias químicas dissolvidas, correntes de água e luz. Algumas bolachas-da-praia orientam-se em direcção às correntes. Estudos de observação comportamental e respostas fisiológicas de ouriços-do-mar a diferentes intensidades de luz evidenciaram uma série de reacções (dependendo da espécie), incluindo mudanças nos padrões de coloração, movimentos de espinhos e fototaxia. Estudos recentes de sequenciamento genómico revelaram que a espécie de ouriço-do-mar Strongylocentrotus purpuratos possui genes que nos vertebrados estão presentes no início do desenvolvimento da retina.
Foram observadas reacções de aversão dos ouriços a um determinado tipo de luz; rapidamente a actividade dos pés ambulacrários e dos espinhos é acelerada e os animais se distanciam da luz o máximo que conseguem.

Reprodução e desenvolvimento

Os Echinoidea são animais dióicos, com sistema reprodutor relativamente simples e associado a derivações do celoma.
Os ouriços-do-mar possuem cinco gónadas com os respectivos gonóporos estão localizados nas cinco placas genitais interambulacrárias. Os ouriços cordiformes e as bolachas-da-praia possuem apenas quatro gónadas (às vezes menos), uma tendo sido perdida com a migração do ânus. A gametogénese nesses animais é regulada por fotoperíodo, garantindo uma desova sincronizada entre os membros da população. Os equinóides podem apresentar desenvolvimento indirecto, no qual as fêmeas liberam um grande número de ovos na coluna d’água e suas larvas necessitam de um período de alimentação antes da metamorfose; ou podem apresentar desenvolvimento directo, no qual um menor número de ovos maiores é liberado e as larvas não se alimentam, diminuindo o tempo de permanência na coluna d’água antes da metamorfose. Algumas bolachas-da-praia, por exemplo, incubam seus embriões em seus petalóides.
Os ovos dos equinóides são isolécitos, com pouca quantidade de vitelo. A clivagem é radial e holoblástica, resultando em uma blástula oca.
Entre os ouriços-do-mar, as clivagens que vêm um pouco antes da blástula tornam-se desiguais, formando os mesómeros sustentados por macrómeros no polo vegetal e os micrómeros no polo animal. A blástula sofre um achatamento no polo animal e forma a placa gastral. A partir dessa placa, células (geralmente os micrómeros) se proliferam para dentro da blastocele, iniciando a gastrulação. Os macrómeros formarão a endoderme e mesoderme e os mesómeros formarão a ectoderme. O blastóporo origina o ânus, enquanto o arquêntero cresce em direcção ao estomodeu para formar a boca. A formação do celoma dá-se por evaginação do arquêntero, antes que se complete o tubo digestivo (enterocelia). No fim da gastrulação, o embrião torna-se uma larva livre-natante com simetria bilateral, designada por pluteus.
Essas larvas são planctónicas e usam seus cílios para nadar e criar correntes de alimentação. Em alguns equinóides, elas possuem células pigmentares, que parecem estar envolvidas na fotoprotecção, fototropismo, coloração do corpo e também no fornecimento de energia para o organismo.
Quando a larva está perto de entrar em metamorfose, ela nada até um substrato e se fixa. Seus lados esquerdo e direito se transformam, respectivamente, nas superfícies oral e aboral. O grande número de gâmetas liberado por esses animais, juntamente com a facilidade de mantê-los em laboratório, tornou a classe, especialmente os ouriços-do-mar, um modelo de estudo em biologia do desenvolvimento. Muitas das informações existentes acerca do assunto vêm de trabalhos realizados com equinóides.

Ecologia

Os animais da classe Echinoidea são essencialmente marinhos e amplamente distribuídos em todos os oceanos e profundidades. São animais bentónicos e desempenham um papel fundamental nos ecossistemas marinhos como, por exemplo, consumidores de algas (ouriços-do-mar).
Dentre os hábitos alimentares de Echinoidea estão a herbivoria, suspensivoria, detritivoria e algumas poucas formas de predação.
Quanto à limentação, a maioria dos ouriços-do-mar depende de um órgão fundamental: a lanterna de Aristóteles. Esse órgão é um aparato mastigador complexo, localizado dentro da boca e que possui cinco dentes calcários protrácteis. Interacções entre placas duras e músculos controlam os movimentos de protracção, retracção e apreensão. Há uma grande variação na estrutura desse órgão, mas em geral, ele possui três placas calcárias triangulares chamadas pirâmides, unidas por uma musculatura transversal. Cada pirâmide possui um canal com um dente, que é projectado para fora da região bucal. Os ouriços-do-mar utilizam a lanterna para raspar algas e matéria orgânica do substrato. Outros ouriços se alimentam de algas ou partículas em suspensão ou ainda capturam detritos flutuantes com seus pés ambulacrários ou pedicelários. Porém, estudos sugerem que algumas espécies de ouriços-do-mar podem se alimentar de pequenos invertebrados
A espécie Strongylocentrotus droebachiensis pode ser um especialista facultativo de bivalves. A maior parte das bolachas-da-praia e ouriços cordiformes não possui lanterna; eles cavam em sedimentos moles e se alimentam de partículas orgânicas. Ouriços-do-mar geralmente se alimentam à noite para evitar predadores

Hipóteses filogenéticas

Lineu colocou os Echinodermata no táxon Mollusca juntamente com uma variedade de outros invertebrados. Só em 1847 esses animais foram reconhecidos em um táxon distinto. A classificação dos grupos que integram o filo tem sido amplamente discutida pelos pesquisadores da área, e o abundante registo fóssil é esclarecedor e ao mesmo tempo confuso, uma vez que os autores têm tratado as evidências de diferentes maneiras. Algumas classificações reconhecem até 25 classes compondo equinodermes.
O genoma mitocondrial é frequentemente usado para a reconstrução de relações filogenéticas (Perseke et al., 2007), contendo, usualmente, 37 genes (Boore, 1999). Analisando o genoma mitocondrial das cinco classes de Echinodermata, os dados suportam Echinoidea, Asteroidea e Holothuroidea como grupos irmãos. Porém, dois grupos causaram conflito e três árvores filogenéticas foram propostas: a primeira apresenta Crinoidea e Ophiuroidea como grupos irmãos; a segunda apresenta Ophiuroidea como grupo basal e a terceira, Crinoidea como grupo basal (Perseke et al., 2010).
Entre os Echinoidea, os ouriços-do-mar Strongylocentrotus purpuratus, S. droebachensis, S. pallidus e Paracentrotus lividus foram considerados grupos monofiléticos, sendo P. lividus mais basal e S. droebachensis e S. pallidus grupos irmãos.

Taxonomia

domingo, 30 de outubro de 2011

Peixe Leão

                          Peixe-leão

                                                 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Peixe-leão, peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião e peixe-pedra são alguns nomes vulgares para uma grande variedade de peixes marinhos venenosos dos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, pertencentes à família Scorpaenidae[1]. Um dos seus representantes mais conhecidos é o peixe-leão-vermelho.
Os peixes-leão são predadores vorazes. Quando estão caçando encurralam as presas com seus espinhos e, num movimento rápido, as engolem por inteiro. Eles são conhecidos por seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.
Peixe-leão comum (Pterois volitans)
Os Peixes-leão são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximos à recifes de coral, mas algumas espécies podem ser encontradas em outras regiões do mundo. Devido a uma recente introdução, eles podem ser encontrados no oeste do Oceano Atlântico e Mar do Caribe[2].
Os Peixes-leão vivem até 15 anos e podem pesar até 200g. Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.[carece de fontes]

                                    Veneno

Peixe-leão fotografado no Suma Aqualife Park - Japão
O veneno dos Peixes-leão é inoculado através de espinhos localizados nas regiões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pélvicos e 3 anais. Cada espinho possui duas glândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuem espinhos peitorais, porém estes não possuem glândulas de veneno.
A potência do veneno varia de acordo com a espécie e tamanho do peixe-leão. Os principais efeitos são: dor intensa localizada, seguida de edema local, podendo também a vítima sentir náuseas, tontura, fraqueza muscular, respiração ofegante e dor de cabeça.
O veneno dos peixes-leão é constituído de proteínas termosensíveis, que são vulneráveis ao calor e se desnaturam facilmente. Os primeiros socorros constituem-se na imersão do local afetado em água quente (43-45 °C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir.

Referências

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tartarugas Marinhas


Cheloniidae


Como ler uma caixa taxonómicaTartaruga-marinha
Sea Turtle.jpg
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudinata
Família: Cheloniidae
Géneros

Tartaruga-marinha (Cheloniidae) é a família da ordem das tartarugas que inclui as espécies de tartaruga que vivem no mar. O grupo é constituído por seis géneros e sete espécies, todas elas ameaçadas de extinção.
As tartarugas-marinhas habitam todos os oceanos, excepto o Oceano Antártico, em zonas de água tropical e subtropical. A maioria das espécies são migratórias e vagueiam pelos oceanos, orientando-se com a ajuda do campo magnético terrestre. A tartaruga-de-couro é a maior espécie, atingindo 2 m de comprimento e 1,5 m de largura, para 600 kg de peso.
Após atingir a maturidade sexual, em muitas espécies apenas por volta dos 30 anos, a fêmea regressa à praia onde nasceu para enterrar os seus ovos na areia. As tartarugas são extremamente fiéis a este local e não nidificam noutras praias. As posturas da tartaruga de Kemp, por exemplo, estão totalmente confinadas a uma única praia na costa do México. A incubação leva cerca de dois meses após o que os juvenis escavam a saída a correm para o mar. A eclosão das tartarugas é um grande acontecimento ecológico e todos os predadores das redondezas (aves, peixes, mamíferos e seres humanos em busca dos ovos) acorrem a estas praias para caçar os juvenis. Calcula-se que apenas 1 em 100 consiga atingir a maturidade.
A sobrevivência das tartarugas-marinhas continua em risco, após muitos anos de caça intensiva pela sua carapaça, carne (utilizada para sopa) e gordura. Atualmente a caça está controlada mas estes animais continuam a estar ameaçados pelas redes de pesca que matam cerca de 40 000 exemplares por ano. Outra das maiores ameaças é o desenvolvimento costeiro nas áreas de nidificação, que impede as fêmeas de pôr os ovos e impossibilita a sua reprodução.

 

 

Géneros e espécies

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Atobás


Sulidae
Morus bassanus 32.jpg
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes
Pelecaniformes
Família: Sulidae
Reichenbach, 1849
Géneros
Morus
Sula
Papasula
Commons
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Os sulídeos (do latim científico Sulidae) constituem uma família de aves ciconiiformes (antes pelecaniformes), que compreende 3 géneros e 10 espécies de aves marinhas conhecidas como alcatraz, atobá ou ganso-patola. Os sulídeos têm distribuição geográfica vasta, podendo ser encontrados em todos os oceanos, excepto na região da Antártida.
Os atobás são aves de médio a grande porte, com comprimento 64 a 100 cm de comprimento e peso até 3,6 kg. Algumas espécies apresentam dimorfismo sexual sendo as fémeas maiores e mais pesadas que os machos. A plumagem é muito variável de espécie para espécie, mas geralmente é em tons de castanho e preto, sendo branca na zona ventral. As asas são longas e adaptadas a longos voos e posicionadas na metade posterior do corpo. O bico tem forma cónica e bordos serrados. Os adultos não têm penas na zona da face e garganta, que pode ser muito colorida, tal como as patas, em tons de azul, encarnado ou laranja. Os olhos estão localizados na frente da cara, o que confere visão binocular aos atobás. As patas estão localizadas na metade posterior do corpo e terminam em pés totipalmados (que assentam na totalidade no solo), com dedos unidos por membrana interdigital. Os atobás são aves marinhas piscívoras que se alimentam de carapaus, sardinhas, anchovas e outros pequenos peixes oceânicos.
Os atobás procriam em colónias mistas, junto com outras espécies de aves marinhas, frequentemente fragatas e/ou cormorões. As colónias podem localizar-se em linhas de costa ou ilhas oceânicas isoladas. Os atobás formam casais monogâmicos na época de reprodução, mas a escolha de par e local de nidificação varia de ano para ano. Após um ritual de acasalamento elaborado, destinado sobretudo a assegurar o território do casal a partes terceiras, os ovos são incubados por 42-55 dias. Os juvenis nascem totalmente dependentes dos progenitores e permanecem no ninho durante 14 a 22 semanas, após o que continuam a receber cuidados parentais por mais nove meses. A maturidade sexual e plumagem adulta são adquiridas entre os 2 e os 6 anos de vida. Os atobás podem viver entre 10 a 20 anos.
Nas zonas tropicais os atobás podem ser caçados pelos ovos, penas e carne e explorados comercialmente como fonte de guano, especialmente no Peru. O IUCN lista duas espécies de sulídeos: o atobá-de-Abbott (Papasula abbotti) como em perigo crítico de extinção e o atobá-do-cabo (Morus capensis) como vulnerável.
Na taxonomia de Sibley-Ahlquist, baseada em estudos de DNA, os sulídeos são reposicionados na ordem Ciconiiformes. Os primeiros fósseis atribuídos ao grupo são: Sula ronzoni, que surge em formações geológicas do Oligocénico de França e o Morus magnus do Miocénico superior da Califórnia.
Os diversos géneros de sulídeos distinguem-se por critérios osteológicos e estão presentes, enquanto linhagens distintas, desde o Miocénico.


Espécies

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tubarões



Tubarões
Um Carcharias taurus.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha


Ordens


Hexanchiformes
Squaliformes
Pristiophoriformes
Squatiniformes
Heterodontiformes
Orectolobiformes
Carcharhiniformes
Lamniformes
Tubarão ou Cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso pertencentes à super-ordem Selachimorpha.

 História natural

 

Calcula-se que os tubarões existam há cerca de 450 milhões de anos, sem grandes alterações em sua morfologia, o que sugere um bom nível de adaptação e evolução. Ocuparam diversos nichos ecológicos, desde os mares tropicais aos oceanos Ártico e Antártico.

Estes seres providos de estrutura corporal hidrodinâmica são criaturas importantes em quase todos os ecossistemas marinhos. A quase totalidade dos tubarões é marinha, carnívora e pelágica, habitando águas costeiras e oceânicas da maioria dos mares e oceanos, quer na sua superfície, quer na sua profundidade.
São conhecidas cerca de 400 espécies em todo o planeta, cujos tamanhos podem variam entre os 0,10 m e os 18 m de comprimento.
No Brasil, existem 88 espécies de tubarão conhecidas.

 

Reprodução



A reprodução dos tubarões ocorre por fecundação interna, na qual o macho introduz o órgão reprodutor masculino (clasper) no órgão copulador feminino (oviducto) da fêmea.
As fêmeas atingem, em geral, a sua maturidade sexual com maior tamanho do que os machos e normalmente procriam em todos os anos.
Nas espécies ovíparas, que correspondem a cerca de 20% do total, a fêmea realiza a postura dos ovos retangulares, protegidos por uma membrana filamentosa, de modo a fixá-los ao substrato marinho.
Nas espécie ovovivíparas - cerca de 70% -, o desenvolvimento dos ovos ocorre no oviduto da fêmea, sendo as crias expulsas já desenvolvidas.
Nas espécies vivíparas - cerca de 10% -, o desenvolvimento do embrião realiza-se internamente, com ligações placentárias, sendo as crias também expulsas já desenvolvidas.
A seleção natural dos tubarões inicia-se, nalgumas espécies ovovivíparas e vivíparas, no próprio meio intra-uterino, através da prática do canibalismo. As crias que se formam primeiro - num número entre quatro a quinze - e providas de dentes afiados, ingerem, na sua vida uterina, os embriões em formação e, posteriormente, devoram-se umas às outros, sobrevivendo apenas as mais fortes e aptas.
Em maio de 2007 provou-se que o tubarão pode se reproduzir assexuadamente. Esta situação é rara nos espécimes selvagens.


 Pele e escamas

 

 

A pele dos tubarões é protegida por escamas placóides, com dentículos dérmicos, que lhes conferem uma superfície muito áspera.
Possui ainda quimio-receptores, os quais possibilitam aos tubarões determinar se há substâncias nocivas na água, avaliar a salinidade e outros parâmetros químicos.

 

Órgãos dos sentidos

 


Características físicas gerais do tubarão.

  

 

Visão

 

Alguns cientistas crêem que, como muitos outros peixes, os tubarões são míopes, estando a sua visão adaptada apenas para distâncias entre 2 e 3 metros, embora possa ser utilizada para distâncias de até 15 m com um menor grau de definição. Contrastando com essa informação, outros pesquisadores acreditam que a lente dos tubarões está fortemente suspensa por um ligamento dorsal, e fica normalmente fixada para a visão à distância; para a visão próxima ela é movida para frente pela tração de um pequeno músculo protrator, fixo à lente.
A abertura pupilar varia de circular a oval quando aberta. Na luz brilhante a pupila pode ser apenas um pequeno círculo ou fenda, que pode ser vertical ou horizontal. O seu olho possui uma camada reflectiva, a qual permite um aproveitamento superior da luminosidade em locais com pouca luz, como as águas turvas ou profundas e à noite.

  

Olfato

 

 

o olfato do tubarao é extremamente apurado, permitindo-lhes identificar substâncias bastante diluídas na água, como concentrações de sangue abaixo de 1 parte por milhão - o que equivale a perceberem-se de uma gota de sangue a 300 m de distância em pleno oceano. Por esta razão são por vezes designados como "narizes nadadores". Quando detectam o cheiro de sangue ou de corpos em decomposição, facilmente encontram o local de origem, utilizando principalmente o seu olfato (ou a visão para distâncias inferiores a 15 m).

 

 Audição

 

 

A sua grande sensibilidade às vibrações, provoca comportamentos semelhantes. O seu ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e detecção das vibrações de baixa frequência, situa-se postero-superiormente ao olho. Possui três canais semicirculares e detecta vibrações a longas distâncias, podendo o tubarão se aperceber do som de um peixe a debater-se a uma distância de 250 a 650 m. Em conjunto com o olfato, esta sensibilidade às vibrações, são os primeiros mecanismos utilizados na detecção de potencial alimentação. Uma vibração desconhecida, tanto pode provocar curiosidade como medo ao tubarão.

  

Linha lateral


Linha lateral dos tubarões.

As suas linhas laterais são também capazes de captar vibrações de média e baixas frequências, correntes, mudanças na temperatura e pressão da água, assim como localizar obstáculos e alimentos em águas turvas. Do mesmo modo, pode também detectar, pela turbulência causada, a aproximação de um inimigo de grande porte.

  

Ampolas de Lorenzini

 

A cabeça, especialmente ao redor do focinho, apresenta pequenos poros, denominados ampolas de Lorenzini. Estes receptores são sensíveis à temperatura, salinidade e pressão da água, com uma especial capacidade para detectar campos eléctricos muito sutis, gerados por outros animais. Podem, deste modo, detectar o batimento cardíaco de um peixe que esteja enterrado na areia, a alguns metros de distância. A capacidade de perceberem estas ligeiras mudanças na corrente elétrica do ambiente, além de facilitar a caça às suas presas, possibilita-lhes a navegação em mar aberto durante as grandes migrações, guiando-se através do campo electromagnético da Terra.

  

Respiração e natação

 

A maioria dos tubarões, quando parados, não conseguem bombear a água para as brânquias, de modo a respirarem. Necessitam, portanto, forçar a entrada da água pela boca, para que passe pelas brânquias e saia pelas fendas branquiais. Por outro lado, a ausência de bexiga natatória, um órgão hidrostático existente noutros animais, dificulta a sua flutuação. Estas duas características são as responsáveis pela maioria dos tubarões nadar incessantemente, pois, se por algum motivo pararem, afundam e/ou morrem por asfixia. No entanto, algumas espécies conseguem permanecer paradas e deitadas no fundo do mar, inclusivamente dentro de grutas espaçosas, ao aproveitarem as correntes que aí existam.
A caça por suas barbatanas, podem ocasionar sua morte, pois sem a barbatana os tubarões perdem a hidrodinâmica necessária e os faz afundar.

 

Temperatura e hábitos de alimentação

 

Os tubarões, em sua maioria, são animais ectotérmicos, pelo que a temperatura do seu sangue é variável e dependente do ambiente externo. Muitos tubarões, apresentam um menor metabolismo, sendo mais lentos e com menores necessidades energéticas. Para manter a sua temperatura constante e um bom grau de atividade, dependem de águas tropicais quentes e das regiões costeiras. Alguns tubarões da ordem dos Lamniformes possuem a capacidade de conservar o calor metabólico e manter a temperatura de regiões importantes do corpo constantes através de adaptações anatômicas, mantendo a temperatura do corpo maior do que a da água.
O deslocamento natatorial constante origina um enorme gasto de energia e uma consequente necessidade em se alimentar constantemente. Devido a essa voracidade natural, algumas espécies limpam os oceanos ao comerem os animais feridos ou mortos, mesmo que em elevado estágio de decomposição. A quase totalidade das espécies também rouba as presas de outros tubarões, quando surge a oportunidade. Quanto às suas preferências alimentares, seguem uma dieta regular de peixes, crustáceos, lulas, polvos, tartarugas, raias e outros tubarões, sendo o canibalismo uma prática muito comum. A prática da caça é guiada e determinada basicamente pela combinação dos seus sentidos. No entanto, os padrões de comportamento na procura de alimento variam de forma substancial. Num padrão normal, os seus movimentos costumam ser lentos e determinados; outras vezes, são compulsivos e rápidos. Na realidade, estes padrões quanto à natação, aproximação e ataque final, variam de espécie para espécie e conforme as situações particulares.
A sua boca, em posição ventral, possui uma grande abertura, graças à inexistência de contato rígido com o crânio. Os dentes, triangulares, afiados e extremamente eficientes para agarrar e cortar, não possuem raiz. São providos de várias fileiras de dentes de reposição, dispostas posteriormente à fileira que está em uso. Quando um dente é perdido, posterior move-se para ocupar o seu lugar. Algumas espécies não possuem os afiados dentes triangulares, essenciais aos predadores, dado terem-se adaptado a outras formas de alimentação.

 

 Papel do tubarão no ecossistema

 

Os tubarões exercem duas funções primordiais no ambiente marinho. Como predadores situados no topo da cadeia alimentar, mantêm o controle populacional das suas presas habituais e são um instrumento da selecção natural, ao predar os mais lentos e os mais fracos.
Ao contrário da cadeia alimentar terrestre, na qual os herbívoros podem apresentar um porte maior que os carnívoros, a hierarquia nos oceanos é basicamente determinada pelo tamanho. Os estratos da cadeia alimentar são denominados de níveis tróficos. Quanto mais distante da base, a qual é formada pelos produtores primários, maior o nível trófico.
No final dos anos 1980 do século XX, a pesca excessiva de algumas espécies de tubarão na Austrália, originou um aumento da população dos polvos, o que por sua vez, com os polvos a predarem as lagostas em quantidades acima do habitual, originou uma série crise na indústria da pesca da lagosta.
Por outro lado, quando os tubarões se alimentam de animais e peixes doentes, feridos ou mortos, contribuem para a manutenção da salubridade dos oceanos. Embora possuam um sistema imunológico primitivo, apresentam uma baixa incidência de doenças em geral, raramente contraem infecção após ferimentos graves e raramente desenvolvem neoplasias.

  

Contribuições dos tubarões para a saúde humana

 

Além da contribuição energética através dos pratos de culinária que utilizam o tubarão (por exemplo, o ambotic), existem conhecidas contribuições farmacêuticas.
A vitamina D foi obtida do óleo de fígado de tubarão (e de bacalhau) até 1947, altura em que passou a ser sintetizada em laboratório. O óleo é também eficaz no tratamento paliativo das hemorróidas. Alguns estudos indicam que este óleo contribui para a produção de leucócitos nos seres humanos.
Em 1916, um cientista japonês isolou deste óleo um hidrocarboneto denominado esqualeno, até hoje empregue nas indústrias comésticas e farmacêuticas, como base para cremes de beleza, pomadas e medicamentos.
Alguns ácidos polinsaturados extraídos do fígado têm sido utilizado como anticoagulantes no tratamento de enfartes do miocárdio.
Por outro lado, o extrato da sua cartilagem tem vindo a ser utilizado em doenças osteo-articulares e no tratamento de queimados.
Experimentalmente, têm sido feito transplantes de córnea para olhos humanos, estudos relativos à proteína esqualamina - encontrada no estômago, fígado e vesícula biliar - quanto à sua capacidade de inibir tumores cerebrais, bem como a um lípido quase onipresente nas suas células e com um poder antibiótico de largo espectro.

 

 Ataques de tubarão

 

Das 400 espécies de tubarão que habitam os oceanos, 33 já atacaram comprovadamente o homem. Destas 33, 18 encontram-se em registros de ataques não provocados, embora este número desça para 3 espécies se considerar apenas o último século (registros entre 1907 e 2002). A maioria das espécies só ataca um ser humano quando acredita que o seu território está a ser invadido, tal como faria com outro tubarão. Das 1848 ocorrências documentadas de ataques não provocados ao homem, 75% não estava relacionada com a alimentação, mas sim com este fator.
As três espécies potencialmente perigosas para o homem são Carcharodon carcharias (tubarão-branco) - tornado famoso em 1975 pelo filme Tubarão de Steven Spielberg -, Carcharhinus leucas (tubarão-touro ou tubarão cabeça-chata) e Galeocerdo cuvier (tubarão-tigre).
A biologia e os hábitos destas três espécies têm sido extensivamente estudados. Entre si, apresentam dietas, estratégias de caça e padrões de comportamento distintos.
A interação entre o homem e o tubarão, só acontece quando este está a nadar ou surfar nas águas costeiras. Uma grande percentagem dos ataques não provocados deve-se a um erro de identificação, que pode ocorrer em animais mais jovens, condições de baixa visibilidade, como águas escuras ou turvas, períodos da alvorada e crepúsculo, ou em ambientes de água agitada.
O tubarão-branco não se comporta como foi mostrado no referido filme de terror sendo, salvo raras excepções, o seu ataque ao ser humano devido a um erro de identificação. Os surfistas e mergulhadores, quando vestidos com roupas de neoprene, podem ser confundidos com focas, uma das presas habituais desta espécie.
Já o tubarão-touro ou cabeça-chata, além do ataque por erro de identificação, podem considerar as suas vítimas como invasoras, dado ser muito territorialista. Mesmo que o ser humano não se aperceba, o tubarão pode se sentir acuado ou que a sua área territorial está a ser invadida pela presença humana.
Os ataques do tubarão-tigre estão normalmente relacionados com a sua caça às tartarugas marinhas, que se dirigem para a costa, de modo a se alimentarem e desovarem. O ataque ao homem pode ocorrer quando o tubarão, com a visão contra ao sol, confunde os surfistas e banhistas com as tartarugas.
O ataque não provocado mais comum, denominado hit and run, ocorre mais frequentemente nas zonas de arrebentação com banhistas e surfistas. As provocativas e falsas vibrações (natação, surf, etc), e/ou enganosas atracções visuais (objetos e aparências humanas, como adereços brilhantes, roupas de banho coloridas ou o contraste de bronzeamento entre a perna e a planta do pé), podem originar que o tubarão confunda o homem ou parte dos seus membros com as suas presas. A vítima raramente consegue ver o seu agressor e o tubarão não costuma retornar após a primeira mordidela, muitas vezes inquisitória - o tubarão utiliza os seus dentes para identificar a textura, sabor e consistência do que está a morder, sem empregar a potência total da mordidela. Suspeita-se que o tubarão, durante a mordidela, identifica que o ser humano é um objeto estranho ou muito grande e, tão rápido quanto mordeu, solta a sua vítima e não volta. As lesões provocadas por este tipo de ataque ocorrem, com maior frequência, nos membros. Costumam limitar-se a áreas restritas, raramente provocando fatalidades quando a vítima é rapidamente resgatada da água e os primeiros socorros executados adequadamente para evitar uma grande hemorragia. Cerca de 90% das mortes ocorrem por afogamento secundário, provocado pelo choque que advém da falta de controle da hemorragia.
Apesar da maioria dos ataques de tubarão se dar sem nenhuma provocação - cerca de 86% -, outros se dão quando são provocados. Entre as provocações mais frequentes, encontram-se o arpoar, tocar, segurar a cauda, oferecer comida, bloquear a sua passagem ou qualquer outra ação que importune o tubarão.

 

Turismo/mergulho para alimentação de tubarões

 

Proibida na Florida, esta atividade tem proliferado nas últimas décadas nas Caraíbas, como nas Bahamas. Estes tubarões passam a associar o barulho do motor e a movimentação dos mergulhadores com a oferta de comida. Alguém que, inadvertidamente, pare o seu barco e mergulhe no mesmo local, pode vir a ser atacado por um tubarão mais impaciente e frustrado por não ter sido alimentado naquele momento, como já estava condicionado.

 

Espécies

 

Ver também

Chondrichthye