Sulidae | ||||||||||
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Classificação científica | ||||||||||
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Morus Sula Papasula |
Os atobás são aves de médio a grande porte, com comprimento 64 a 100 cm de comprimento e peso até 3,6 kg. Algumas espécies apresentam dimorfismo sexual sendo as fémeas maiores e mais pesadas que os machos. A plumagem é muito variável de espécie para espécie, mas geralmente é em tons de castanho e preto, sendo branca na zona ventral. As asas são longas e adaptadas a longos voos e posicionadas na metade posterior do corpo. O bico tem forma cónica e bordos serrados. Os adultos não têm penas na zona da face e garganta, que pode ser muito colorida, tal como as patas, em tons de azul, encarnado ou laranja. Os olhos estão localizados na frente da cara, o que confere visão binocular aos atobás. As patas estão localizadas na metade posterior do corpo e terminam em pés totipalmados (que assentam na totalidade no solo), com dedos unidos por membrana interdigital. Os atobás são aves marinhas piscívoras que se alimentam de carapaus, sardinhas, anchovas e outros pequenos peixes oceânicos.
Os atobás procriam em colónias mistas, junto com outras espécies de aves marinhas, frequentemente fragatas e/ou cormorões. As colónias podem localizar-se em linhas de costa ou ilhas oceânicas isoladas. Os atobás formam casais monogâmicos na época de reprodução, mas a escolha de par e local de nidificação varia de ano para ano. Após um ritual de acasalamento elaborado, destinado sobretudo a assegurar o território do casal a partes terceiras, os ovos são incubados por 42-55 dias. Os juvenis nascem totalmente dependentes dos progenitores e permanecem no ninho durante 14 a 22 semanas, após o que continuam a receber cuidados parentais por mais nove meses. A maturidade sexual e plumagem adulta são adquiridas entre os 2 e os 6 anos de vida. Os atobás podem viver entre 10 a 20 anos.
Nas zonas tropicais os atobás podem ser caçados pelos ovos, penas e carne e explorados comercialmente como fonte de guano, especialmente no Peru. O IUCN lista duas espécies de sulídeos: o atobá-de-Abbott (Papasula abbotti) como em perigo crítico de extinção e o atobá-do-cabo (Morus capensis) como vulnerável.
Na taxonomia de Sibley-Ahlquist, baseada em estudos de DNA, os sulídeos são reposicionados na ordem Ciconiiformes. Os primeiros fósseis atribuídos ao grupo são: Sula ronzoni, que surge em formações geológicas do Oligocénico de França e o Morus magnus do Miocénico superior da Califórnia.
Os diversos géneros de sulídeos distinguem-se por critérios osteológicos e estão presentes, enquanto linhagens distintas, desde o Miocénico.
Espécies
- Género Morus Linnaeus, 1753
- Género Sula Brisson, 1760
- Sula sula - Atobá-de-patas-vermelhas
- Sula leucogaster - Atobá-pardo
- Sula dactylatra - Atobá-grande ou Atobá-mascarado
- Sula nebouxii - Ganso-patola-de-pés-azuis
- Sula granti - Atobá-de-Nazca
- Sula variegata - Atobá-peruano
- Género Papasula Olson e Warheit, 1988
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