As baleias-francas são mamíferos marinhos pertencentes à família Balenidae. Distinguem-se das outras baleias por apresentarem o corpo totalmente negro, à excepção de uma mancha branca na barriga e por apresentar verrugas (calosidades) de um amarelo desmaiado na cabeça.
Existem três espécies:
- Género Eubalaena
- Baleia-franca-austral (E. australis)
- Baleia-franca-do-atlântico-norte (E. glacialis)
- Baleia-franca-do-pacífico (E. japonica)
- Género Balaena
- Espécie: Baleia-da-Groenlândia (Balaena mysticetus). Algumas fontes consideram existir apenas um género e apresentam esta espécie sob nome científico de Eubalaena mysticetus ou com o nome de "baleia-franca-boreal".
Baleias-francas
Baleia-franca-austral, Baía Hermanus, África do Sul
Estado de conservação Classificação científica Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Cetacea Subordem: Mysticeti Família: Balenidae
Gray, 1821
Distribuição geográfica Mapa de distribuição da baleia-franca.
Mapa de distribuição da baleia-franca.
Espécies Eubalena australis
Eubalena glacialis
Eubalena japonica
Conservação
As espécies E. glacialis e E. japonica (baleia-franca-do-atlântico-norte e do-pacífico, respectivamente) estão na Lista Vermelha da UICN, na categoria Em perigo EN. A baleia-franca-austral (Eubalena australis) é considerada pela IUCN como "dependente de conservação", mas os pesquisadores que trabalham com a espécie consideram absurdo não incluí-la entre as mais ameaçadas, já que em todo o planeta restam menos de 8.000 indivíduos. No Brasil, a E. australis consta da Lista Oficial Brasileira de Espécies Ameaçadas de Extinção.
Em Santa Catarina, Brasil, o Projeto Baleia Franca[1] logrou em 1995 que o Governo do Estado declarasse a espécie como Monumento Natural Estadual. O Projeto também propôs e lutou para ver aprovada a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, criada pelo governo federal em setembro de 2000 e que protege a mais importante área de concentração reprodutiva da espécie no Brasil, cerca de 130 km ao longo da costa entre Florianópolis e o cabo de Santa Marta, no município de Laguna.
A baleia franca austral é extremamente importante para o turismo de observação de baleias, que aporta recursos econômicos relevantes para comunidades como Puerto Pirámides (Argentina) e Imbituba (SC, Brasil).
Referências externas
- ↑ * Projeto Baleia Franca, mantido pela Coalizão Internacional da Vida Silvestre - IWC/Brasil com patrocínio da Petrobras, dedica-se ao estudo e proteção desta espécie de baleia ameaçada e do ambiente marinho no Brasil. O Projeto tem sede na praia de Itapirubá, Imbituba, Santa Catarina, onde recebe visitantes e orienta interessados em observar as baleias francas em sua época de reprodução (julho a novembro).
Baleias francas deixam litoral brasileiro Poucos indivíduos avistados indicam fim ‘antecipado’ da temporada As baleias francas começam a deixar, aos poucos, o litoral sul do Brasil. Em sobrevôo realizado entre Imbituba (SC) e Xangri-lá (RS), no dia 23 de outubro, foram avistadas ao longo dos 240 quilômetros monitorados, um total de 26 baleias, sendo 13 pares de mães com filhotes, todos concentrados na enseada de Ibiraquera/Ribanceira, em Imbituba. No mesmo período do ano passado, um sobrevôo que cobriu área semelhante havia registrado 58 baleias francas, mais do que o dobro avistado neste ano. A conclusão do Projeto Baleia Franca é que “a maioria das baleias foram embora mais cedo, restando apenas as baleias avistadas em Imbituba. Isto é um reflexo do que já estávamos prevendo no início da temporada, em função da chegada mais cedo das baleias francas”, explica a bióloga Karina Groch, coordenadora do Projeto. “Este período de permanência das francas em SC foi essencial para o desenvolvimento dos filhotes. No sobrevôo, observamos que a maioria deles já está bem nutrido e em tamanho suficiente para enfrentar os três mil quilômetros de viagem para conhecer as águas geladas da Antártida, onde aprenderão as primeiras lições para a busca do alimento, assim que desmamarem”, conclui Karina. Em setembro o Projeto Baleia Franca registrou 156 baleias no sul do Brasil, e 32 no Uruguai, em sobrevôo inédito realizado desde Punta Del Este, no Uruguai, até Macaé no RJ. População está aumentando - O balanço geral desta temporada reprodutiva é bastante positivo e a análise preliminar dos dados até agora mostra que a população das francas continua crescendo a uma taxa de 14% ao ano no sul do Brasil, estima o Projeto Baleia Franca. “Apesar disso, a população total no Hemisfério Sul ainda é muito pequena, restando apenas cerca de oito mil baleias francas, o que representa menos de 10% da população original antes da caça. Isso faz com que as baleias francas ainda sejam consideradas uma espécie ameaçada de extinção, e as ações de conservação devem ser mantidas”, pondera a bióloga. O Projeto Baleia Franca continuará monitorando as baleias francas no litoral Sul até o final de novembro, quando a temporada de campo 2008 terá seu encerramento oficial. Fundado em 1982, o Projeto Baleia Franca é mantido pela Coalizão Internacional da Vida Silvestre - IWC/BRASIL em parceria com a PETROBRAS. FOTOS: José Truda Palazzo / Projeto Baleia Franca | |||
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